E é assim que se filma música.
Esta série, denominada Take Away Show existe desde 2006 e é algo de extraordinário.
Vou tentar ir colocando no blog as peças que mais me dizem, uma a uma. Hoje levam duas para verem como a coisa funciona bem seja qual for a emoção a transmitir!
O conceito é o de trazer os artistas para a rua, despi-los a eles e à sua música para mais facilmente os fundir num só com o ambiente em redor, que um respire o outro e que a música se purifique, acústica, verdadeira, mais humana e mais que humana, de dimensões universais. Tocar assim é prova de fogo, só para verdadeiros músicos, e os que o são certamente adoram a experiência, vê-se na cara deles, sorrisos constantes!
E a técnica de filmagem é o meio que testemunha e amplia tudo isto, tão envolvente, envolvendo os protagonistas, envolvendo-se na emoção, procurando e achando-a no contexto em volta, pintando os sons com as cores do mais variados objectos que encontra, sempre as cores certas, sempre o tom pedido, um autêntico maestro visual.
O criador deste método é Vincent Moon uma verdadeira torneira jorrando inspiração em cima de quem descobre o seu trabalho. O mais puro dos freelancers, sem casa fixa, estando onde lhe pede a sua arte, num perpétuo movimento:
"I scare myself sometimes in how I can be so curious about life, no idea where this comes from, but yeah many people have freaked out in the past because of my energy. I never ever do the same thing twice, I just can’t, I always want to go somewhere else, try something new, and learn in the process, basically. Its always about moving, changing constantly, being this chameleon made of so many colours."
"I live without any money, or very little sums, from film festivals or music festivals who invite me mostly. But, I don’t make films ‘for free’ as someone was telling me the other day – I just don’t make them ‘for money’, but I get very well paid in the energy of people, in the exchanges I have on an everyday basis, in invitations for a diner or a drink.
This is really my lifestyle and I don’t want to change it for anything else, for now. I travel alone, so I just have to take care of myself.
I know I should sometimes take more care “promoting” the films, but I really can’t do it, for a few reasons. If someone helps me, fine, if not, I just put the films online and barely announce them, people who research will find them, but I don’t push people much towards them. If you are curious, fine, if not, too bad but it’s ok with me.
I just care very much about always doing some lo-fi screenings everywhere I go in the world, where I am present and tell stories in the most intimate way possible. Films are not very important, we should not treat them in a glorious way, as we do most of the time. They are just little tools to interact with the other, a reason to hang out and talk about life. Just a tool…"
